sábado, 30 de abril de 2011

O homem e a eterna busca pelo Etéreo.



Mês passado tive a oportunidade de curtir um show da banda "ponto de equilíbrio" com meu irmão e um bom amigo de Niterói (guilermão) na fundição na lapa. Eu como um bom observador incorrigível não pude deixar d analisar as pessoas, o ambiente e como elas se comportavam.
Durante o show a banda agia de uma maneira muito similar a de vários grupos religiosos, falo isso por conhecer e presenciar diversas praticas religiosas, a musica fazia com que eles entrassem em um tipo de êxtase e começassem uma dança sem sentido expressando toda aquela energia que rolava dentro do show, e isso levava muitos no local a entrar na mesma sintonia.

Por experiências próprias e acumulo de conhecimento, venho observando essa eterna busca do homem pelo etéreo, seja utilizando de substâncias psicoativas que ajudam nessa sensação, ou seja, fazendo jejum e vigília diminuindo o nível de ATP no cérebro facilitando alucinações por alto indução, o objetivo é no fim é o mesmo, "sentir o sobre natural" no caso dos cristãos "o espírito santo", pros budistas "alcançar o nirvana" e por aí vai as diversas religiões pelo mundo, umas muito antigas outras mais novas, mais adequadas a sociedade moderna em alguns aspectos, algumas pregando a prepotências e intolerância, outras criando pseudociência, umas até mesmo promovendo destruição e desrespeito pela vida humana, mas todas baseadas na necessidade q o homem tem pela busca do etéreo, o problema d tudo isso é que essa busca pode t deixar cego para coisas que são obvias e naturais na vida e tornar algo tão absurdo como "a arca de Noé" e "adão e Eva" uma verdade incontestável.
Mas o objetivo aqui não é criticar o cristianismo, mas sim, mostrar q toda essa estória de sobrenatural, deuses, anjos, demônios etc... É só uma questão simples: É natural de o homem buscar o etéreo, até hoje em toda a historia nunca se encontrou um assentamento de pessoas que não tivesse uma crença religiosa, as religiões mais antigas nasceram assim da necessidade do homem de explicar coisas que ele não podia entender, com o decorrer da evolução do pensamento as religiões foram perdendo força porque conseguimos entender e explicar muitos coisas q não podíamos, e é só uma questão d tempo para q muitas coisas que hoje são tidas como sobrenaturais sejam entendidas um dia, então a religião ira novamente se adaptar aos novos tempos, mas sempre mantendo seus famosos dogmas irracionais, ou pode ser q não... o que será q nos aguarda nessa era de aquário? Tudo depende de nos que somos responsáveis pela formação da próxima geração.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bondade






Neste post vamos tratar sobre um assunto extremamente complexo, talvez até um conceito surreal... a bondade.

Vou começar essa idéia com uma parábola... a do monge e da vaca:




Era uma vez, numa terra distante, um sábio chinês e seu discípulo. Certo dia, em suas andanças, avistaram ao longe um casebre. Ao se aproximar, notaram que, a despeito da extrema pobreza do lugar, a casinha era habitada.

Naquela área desolada, sem plantações nem árvores, viviam um homem, uma mulher, seus três filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada. Com fome e sede, o sábio e o discípulo pediram abrigo por algumas horas. Foram bem recebidos. A certa altura, enquanto se alimentava, o sábio perguntou:

- Este é um lugar muito pobre, longe de tudo. Como vocês sobrevivem?
- O senhor vê aquela vaca? Dela tiramos todo o nosso sustento - disse o chefe da família.
- Ela nos dá o leite, que bebemos e também transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos o leite e o queijo por outros alimentos. É assim que vivemos.

O sábio agradeceu a hospitalidade e partiu. Nem bem fez a primeira curva da estrada, disse ao discípulo:
- Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali em frente e atire-a lá pra baixo.
O discípulo não acreditou.
- Não posso fazer isso, mestre! Como pode ser tão ingrato? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se eu jogá-la no precipício, eles não terão como sobreviver. Sem a vaca, eles morrem!
O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem:
- Vá lá e empurre a vaca no precipício.

Indignado, porém resignado, o discípulo voltou ao casebre e, sorrateiramente, conduziu o animal até a beira do abismo e o empurrou.
A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.
Alguns anos se passaram e durante esse tempo o remorso nunca abandonou o discípulo. Num certo dia de primavera, moído pela culpa, abandonou o sábio e decidiu voltar àquele lugar. Queria ver o que tinha acontecido com a família, ajudá-la pedir desculpas, reparar seu erro de alguma maneira.

Ao fazer a curva da estrada não acreditou no que seus olhos viram. No lugar do casebre desmazelado havia um sítio maravilhoso, com muitas árvores, piscina, carro importado na garagem, antena parabólica. Perto da churrasqueira, estavam três adolescentes robustos comemorando com os pais a conquista do primeiro milhão de dólares. O coração do discípulo gelou. O que teria acontecido com a família? Decerto, vencidos pela fome foram obrigados a vender o terreno e ir embora. Nesse momento, pensou o aprendiz, devem estar mendigando em alguma cidade. Aproximou-se, então do caseiro e perguntou se ele sabia o paradeiro da família que havia morado lá há alguns anos.

- Claro que sei. Você está olhando para ela! - disse o caseiro, apontando as pessoas ao redor da churrasqueira.

Incrédulo, o discípulo afastou o portão, deu alguns passos e, chegando perto da piscina, reconheceu o mesmo homem de antes, só que mais forte e altivo, a mulher mais feliz, as crianças, que havia se tornado adolescentes saudáveis. Espantado, dirigiu-se ao homem e disse:

- Mas o que aconteceu? Eu estive aqui com meu mestre uns anos atrás e este era um lugar miserável, não havia nada. O que o senhor fez para melhorar tanto de vida em tão pouco tempo?

O homem olhou para o discípulo, sorriu e respondeu:
- Nós tínhamos uma vaquinha, de onde tirávamos nosso sustento. Era tudo o que possuíamos, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. E foi assim, buscando novas soluções, que hoje estamos muito melhor que antes...




Como se pode perceber, a parábola mostra que a bondade talvez não esteja na atitude mais obvia e sim em algo mais complexo, ou seja, menos sentimento e mais razão. E é nesse âmbito que tentamos trabalhar, chegar a um bom resultado mesmo que os meios não sejam tão gloriosos (clichê Maquiavel eu sei...). Poderia dizer então como um cientista que a bondade é apenas um instinto desenvolvido por nossa espécie de proporcionar algo de bom ao próximo para facilitar a vida em sociedade, porem na minha opinião a bondade se estende alem disso, passa da gratificação instantânea do próximo e se torna algo maior, objetivando ações para a natureza, para as próximas gerações e para o mundo, pois a nossa espécie não é mais importante que as outras, a geração atual não é mais importante que as próximas e nossos entes próximos, família, amigos e até mesmo nossa nação não é mais importante que o resto do mundo.

Tendo estes pontos de vista em mente, nos vem uma percepção de bondade menos emotiva e mais racional, fazendo não só aceitável, mas sim uma obrigação a pratica de quaisquer meios para salvar a natureza, melhorar a vida da humanidade como um todo, também para essa, mas principalmente para as próximas gerações.





João na Europa

A princípio somos três pensantes aqui, eu (Vitor Rocha), Douglas Magalhães e João Paulo Magalhães. Cada um dos três milita em diferentes causas, hoje o João viaja para Holanda para conhecer um pouco da Europa e sua cultura, devo dizer que estou ansioso para ouvir suas historias e pareceres sobre um lugar tão a frente do nosso tempo...

Espero um dia visitar lugares em que a cultura, turismo e ambientalismo sejam devidamente respeitados como diversas questões polemicas hoje no mundo são respeitadas e bem desenvolvidas politicamente na Holanda, e retornar com uma perspectiva melhor da minha luta assim como o João o fará.



Boa viajem meu amigo!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ode ao Frade

Toda vez que eu chego em casa, chego em casa
Há algo que só eu vejo, só eu percebo
Uma presença, uma energia, um desejo dessa terra
Que ao longo do tempo se esvai, mas não se encerra
Um chamado, um alguém que grita e chora
E só eu escuto, o resto... ignora
E como o resto ignora, ignoro todo o resto
Permanecendo firme em meu protesto
As vezes a passos curtos, as vezes desembesto
Mas tendo sempre esta voz como maestro
Seria o pico do frade, raiz arranha-céu?
Repousando em seu leito, usando nuvens como véu
Gerador de mitos como seu irmão Olympus, parece sereno
Mas não é o que a voz me diz, nem mesmo o que estou vendo
Na verdade repousa em seu leito aos prantos
Resmunga a realidade para todos os santos
Sente sua ferida aberta que não sara
Quando olha aos seus pés a destruição da cultura caiçara
Que ele mesmo criou como prole com toda devoção
Como um veneno de um só gole, destruída sem pedir permissão
Agora sua voz chega a apenas um ouvido
Toda dor escutada apenas por um bobo distraído
E pede, como um moribundo pede para ter a cura
Para que restaure a vila de paz, paraíso e ternura
E quando o sussurro se vai já com pouca esperança
De salvar a natureza e a cultura que nos deixou de herança
Eu escrevo esse verso qualquer com uma triste história
Espero que alguém se inspire, compartilhe a minha luta... e talvez a nossa glória.